terça-feira, 28 de setembro de 2010

Para quem perdemos nossas crianças, jovens e adolescentes?

A sociedade sabe de antemão que quando se fecham as portas de uma escola, literalmente abrimos portões escancarados para o abandono.
Os órgãos governamentais justificarão: Mas há tantas outras escolas para serem encaminhados. Existe o zoneamento e as escolas próximas absorverão a demanda. Aumentaremos as vagas em outras escolas. Nenhuma criança ficará fora da Escola. Temos compromisso com a educação.
Perguntamos: Nestes últimos anos quantas Escolas novas foram criadas? Quantos alunos temos por salas de aula nas Escolas públicas? Quanto de investimento recebeu cada Escola Estadual da cidade nestes últimos anos? Quantas Escolas puderam fazer reformas mínimas em seus prédios? Os recursos que cada Escola recebe são suficientes para manterem-se? No que efetivamente os educadores e funcionários de escola, trabalhadores em educação, foram valorizados? Quantos concursos públicos foram feitos nos últimos anos para suprir a defasagem enorme de recursos humanos nas escolas? Onde estudam os filhos de quem governa? Estão estudando nas Escolas Públicas?
A sociedade sabe que milhares de entidades filantrópicas existem no Brasil?
Quantas realmente têm, como costumam propagar, o que chamamos de responsabilidade social?
Quantos milhões os cofres públicos deixam de receber com isenções a estas entidades?
Quantos milhões são fornecidos pelos cofres públicos a elas?
Vi há poucos dias um filme que me deixou abismado, chama-se: “Quanto vale ou é por quilo?” Filme do diretor Sergio Bianchi que faz um paralelo entre a época da escravidão e os dias em que vivemos, abrindo o que podemos chamar “das portas da esperança” do chamado terceiro setor, fazendo uma dura critica a entidades que aparentemente servem ao próximo, servindo-se da exploração da miséria, de fartas verbas angariadas de pessoas de boa vontade e com sentimento de solidariedade e do rio de recursos arrecadados via nossos impostos, com os quais o governo deliberadamente rega, quase sem fiscalizar nada, a titulo de contribuição pelos serviços prestados, estas entidades que aos milhares florescem, brotando por todos lugares. É evidente que se deve separar o joio do trigo. Existem entidades realmente sérias, que muitas vezes suprem com seus esforços contínuos o que o Estado deixa descoberto, é a sociedade civil organizada que “não deixa a peteca cair”.
Mas por quantas vocês colocariam suas mãos no fogo?
As crianças continuam como nunca nas ruas, são milhares.
Agora fantasiados de zumbis, com a epidemia do crack
Abandonados, esquecidos, maltrapilhos, drogados ou trabalhando como escravos.
Quem vai pagar esta antiga conta? 

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O QUE NOS MOVE?


O que nos move é a esperança...Ah! Isto é muito vago, nos dizem.
Não para quem a tem em seus atos, não para quem não se dispõe à venda...
Somos esperançosos na medida de nossas lutas diárias, somos porque assim nos tornamos gente, porque é da essência dos humanos construírem seus sonhos.
O que move nossas vidas é sabermos sermos finitos, portanto, “inconclusos”, não acabados, imperfeitos, em construção, assim neste eterno ir e vir aprendemos a essência que nos faz Humanos. Estes aprendizados nos são caros, são marcas talhadas em nossas faces, são silêncios acumulados, mas não silêncios de covardia e de medo, silêncios que anunciam bem alto a Boa Nova...Que a Vida anda por nós faceira explodindo em alegria, bem próximo a nós, basta abrirmos os olhos e Vermos.
Por isso...Por vezes aprendemos bem mais que ensinamos as nossas Crianças.